sexta-feira, 11 de junho de 2010

Desculpa

Pensava que era o maior, o mais popular, o com as roupas mais caras, o melhor, o que nunca tinha sido, respondia-te mal e fazia-te sentir mal contigo própria sem razão, fazia-te tanta coisa, mentia, fazia tudo o que sempre me ensinaras a não fazer, já não era eu. Mas uma vez fui ao sótão, e enquanto ia buscar um casaco, caiu uma caixa e abriu-se quando caiu no chão, quando olhei para baixo, vi dezenas de fotografias espalhadas no chão e quando as estava a apanhar e a por na caixa outra vez reparei numa fotografia, eras tu, a olhar para mim com aquele olhar lindo, apaixonado e orgulhoso, estavas especada a olhar para mim, com um sorriso gigante e eu a rir-me, ainda criança, ao teu colo, aí lembrei-me de tudo o que te tinha dito, de tudo o que te tinha feito, das vezes que te disse que a odiava, e apercebi-me que tu amavas-me, mais que nada.


Neste momento tenho essa fotografia no meu quarto colada na parede, que me lembra sempre que a vejo, tudo o que te fiz, mas o quanto me amas. E graças a esta fotografia, agora sou eu, eu e tu.

Desculpa mãe, desculpa-me por tudo.

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